Amigos especiais
Sempre fui fã dos meus animais. Eles vivem me ensinando melhores maneiras de viver a vida. Eles nos seduzem se deixando seduzir. Mostram sua força na imensa fragilidade que possuem. Indepedência na dependência que têm. Qual a melhor forma de fazer um bichinho feliz? Tenho esta preocupação. Eles não sabem falar a nossa língua. Como saber, então, se estão felizes? Se se sentem satisfeitos com o lar onde estão?
Neste momento meus filhotes dormem, serenos... geralmente correm a casa inteira, brincam... mas agora estão dormindo. Hoje está mesmo um dia preguiçoso, chuvoso, introspectivo. E assim, dormindo, parecem ainda mais frágeis.
Fico imaginando: por que será que sou tão feliz ao lado deles? Mesmo com todas as limitações que eles têm, eu os amo e eles sabem demonstrar seu amor por mim. Eles sabem conquistar seus donos! No fundo, eles são meus donos, isso sim. Por que vale a pena dedicar amor a estas vidas? Eles não vão ajudar a pagar nossas contas? Ah! Aí é onde mora o trunfo dessas delicadas vidas. Eles não vão nos amar menos se a nossa conta bancária não tiver mais. Eles são amigos incondicionais!
Como é maravilhoso chegar em casa e ver um amigo derrubá-la pra te receber. Estar em um cômodo da casa e, de repente, ver ele cheio, repleto, com todos os seus amigos. Eles vêm, nos procuram, nos acham e ficam por perto. Cada um tem uma personalidade tão marcante, tão especial, tão única! Um é mais assustado, outro parece não ter medo de nada.
O Félix, por exemplo, é um gatinho muito independente. Quando eu não havia entendido ainda que as ruas não são um lugar seguro para ele, ele podia sair à vontade. Ultimamente ele está somente em casa, protegido. Sabe como ele me retribui? Me chamando para lanchar com ele. Verdade! Sempre que ele está com fome, me chama para acompanhá-lo até seu comedouro. Ele sabe chegar lá sozinho, mas prefere minha companhia! E escolheu um cantinho alto do meu quarto para dormir. Fica de lá velando meu sono.
O Frajola, meu bebê-gatinho, de apenas cinco meses, chegou aqui em casa tão pequenino. Ainda não tinha dentes. Demos mamadeira pra ele conseguir sobreviver. Quando tomava leite, mexia as orelhas, uma graça. Quando a gente acorda ele nos acompanha até o banheiro. Faz carinho no pé da gente enquanto nos preparamos pro banho. E parece que tem uma maquininha de fazer rom-rom, tão alto que é. Quando alguém entra no box ele fica na parte de fora, esperando a gente sair pra acompanhar na saída também.
O Luke, meu poodle+cocker mais vira-latas do mundo, é um garotão de quase três anos. Também chegou bebê aqui em casa, com menos de um mês. Andava de lado, tombava nas coisas, mordia tudo e todos. Aprendeu a fazer uma porção de gracinhas só pra ganhar petiscos. Quando chega qualquer pessoa da estima dele, corre para pegar sua bolinha e convida-a para brincar. Ah, ele odeia tomar banho. O-de-ia. Em compensação, se pegar sua coleira, fica maluco. Adora dar uma voltinha.
Bobby é um cãozinho ancião. Tem treze anos. Era o cachorrinho da minha avó. Ela se foi e me deixou ele como herança. Velhinho com alma de filhote. Chora quando quer comer, não é bobo nem nada. Tem o olhar sábio que a idade o confere. É terno, não tem mais a euforia dos mais novos. Mas, nem de longe, é um cãozinho triste. Ao contrário.
Eles se dão muito bem, os quatro. Um faz companhia ao outro. Outra lição: mesmo tendo um jeito de viver diferente do outro, com pontos de vista diferentes e com objetivos diferentes, podemos conviver com o outro, trocar experiências, ser felizes juntos.
Fico pensando no dia que eles partirem. Não, não faço disso uma obsessão, não penso nisso o tempo todo. A gente imagina e sofre, só isso. No entanto, uma coisa é certa, aprendi com uma amiga. A dor da perda desses amigos, quando ocorrer, será certamente superada pela alegria, serenidade, aprendizagem, companherismo, despreendimento e tudo o mais que eles, de forma forte sem ser pretenciosa, me ensinaram e me ensinarão a viver.
7 Comentários:
Lindo texto!
Bela reflexão...tenho um cachorro também acredito que ele seja feliz se é que um cachorro possa vir a ser triste...
E tem gente dizendo por aí que os animais vivem por instinto...
Tolinhos, tolinhos,...
heheheheheheh
Bjs
Muito bom o texto Anninha! :)
Nossos pets são uns fofuxos, mesmo! Gugu mesmo é uma comapanhia maravilhosa!
Eu fiz outro post, só pra aquele não ser mais o último.
haushhshuashasua
Cachorro é tudo de bom!
Sabe, o teu cachorro ancião lembra a minha cadelinha, pelo tipo de raça e pêlo, e tb pq a "Bety (Helisabeth Ferreira, Bety só pros íntimos heheheheh) tb é uma anciã...ela sonha enquanto dorme, dorme no quarto da minha mãe e é cheia d frescuras rsrsrs
Lindo o que vc escreveu, adorei!
beijo!
Que lindo, adorei o teu blog!
É muito emocionante ler relatos de gente que ama seus bichinhos, porque eu também amo os meus e sei como é, então só quem sente o mesmo pode se emocionar com isso.
Em dias chuvosos, adoro ficar observando os gatinhos aninhados nas cobertas, é tão relaxante...
Beijos
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial